Em um mundo acelerado, repleto de estímulos e pressões externas, encontrar formas autênticas de se conectar com as próprias emoções e pensamentos é um verdadeiro presente. O journaling visual surge como uma dessas ferramentas — um diário criativo onde palavras e imagens se entrelaçam para dar forma ao que muitas vezes é difícil expressar apenas com texto ou apenas com arte.
Diferente do diário tradicional, que foca na escrita linear, o journaling visual amplia as possibilidades de expressão. Aqui, frases se misturam a colagens, desenhos, símbolos e cores, criando páginas que funcionam como espelhos internos. Essa fusão entre linguagem verbal e visual permite acessar camadas mais profundas do nosso mundo interior — inclusive aquelas que não conseguimos nomear facilmente.
Ao adotar essa prática, cultivamos autoconhecimento, porque aprendemos a observar e registrar nossos ciclos, emoções e desejos. Estimulamos a criatividade, ao nos permitir brincar com materiais, texturas e ideias. E, sobretudo, promovemos equilíbrio emocional, transformando o journaling em um refúgio seguro para acolher pensamentos soltos, sentimentos intensos e insights valiosos.
Seja para desabafar, sonhar ou simplesmente se reconectar, o journaling visual convida à pausa, à escuta e à presença. Neste artigo, você vai descobrir como começar o seu, com leveza, inspiração e liberdade.
O Que é Journaling Visual?
O journaling visual é uma forma criativa e sensível de registrar pensamentos, emoções, vivências e inspirações por meio da combinação entre escrita e elementos visuais. Ele expande o conceito do journaling tradicional — aquele baseado majoritariamente em textos corridos — ao incluir imagens, cores, formas e símbolos como ferramentas expressivas igualmente importantes.
Enquanto o journaling tradicional costuma se concentrar em narrativas ou reflexões escritas, o journaling visual permite que a intuição conduza o processo, abrindo espaço para colagens espontâneas, rabiscos, frases soltas, texturas, fotografias e composições artísticas. É um diário que conversa tanto com o lado racional quanto com o emocional e o simbólico, acessando áreas profundas do inconsciente.
Os elementos comuns em um journaling visual incluem:
- Escrita livre ou estruturada (reflexões, listas, frases soltas);
- Colagens com recortes de revistas, tecidos ou papéis especiais;
- Ilustrações e doodles (desenhos simples e expressivos);
- Símbolos e mandalas, que representam sentimentos ou intenções;
- Texturas e camadas, criadas com tintas, carimbos ou aquarelas.
Essa prática se adapta a diferentes formatos e estilos pessoais. Alguns dos mais populares são:
- Bullet journal criativo: mistura de planejamento, metas e expressão artística;
- Diário ilustrado: páginas que retratam o dia a dia com imagens e palavras;
- Cadernos artísticos (art journals): espaços livres para experimentar técnicas e registrar estados emocionais.
Mais do que um diário decorado, o journaling visual é um processo terapêutico e libertador. Ele não exige talento artístico, apenas o desejo de se escutar e se expressar com autenticidade. Cada página torna-se um reflexo do momento vivido — e, ao mesmo tempo, um portal para compreendê-lo com mais profundidade.
Benefícios do Journaling Visual para o Autoconhecimento
O journaling visual não é apenas uma atividade estética — ele é uma ferramenta poderosa de autoinvestigação e cura. Ao unir linguagem verbal e visual, essa prática permite acessar partes de nós que muitas vezes permanecem silenciadas ou confusas. O resultado é um processo de autoconhecimento profundo, que se revela página a página, traço a traço.
Acesso a emoções profundas através da arte e da escrita
Desenhar uma emoção pode ser mais libertador do que descrevê-la com palavras. Muitas vezes, sentimentos como angústia, saudade ou euforia não cabem em frases, mas encontram expressão em cores, formas ou colagens. O journaling visual abre espaço para que essas emoções ganhem vida — sem julgamentos, censuras ou necessidade de explicação lógica.
Clareza sobre padrões de pensamento e comportamento
Ao revisitar páginas antigas do diário visual, é possível identificar recorrências sutis: frases repetidas, símbolos que se destacam, cores que surgem em determinados momentos emocionais. Essa observação permite mapear padrões internos — e, com isso, trazer luz ao que antes estava inconsciente. Essa clareza é essencial para promover mudanças conscientes e duradouras.
Fortalecimento da autoestima e da autoexpressão
Criar algo com as próprias mãos, sem a pressão de agradar ou impressionar, gera uma sensação de realização e validação. O journaling visual é um espaço seguro para se expressar com liberdade, acolher imperfeições e reconhecer a beleza da própria jornada. Cada página concluída é um lembrete de que sua voz importa — mesmo que ela se manifeste em rabiscos e recortes.
Integração entre mente racional e mente intuitiva
Quando combinamos palavras (lógicas, lineares) com imagens (simbólicas, sensoriais), ativamos duas formas distintas de pensar e sentir. Essa integração favorece o equilíbrio in
terior, ajuda a tomar decisões mais alinhadas e amplia a percepção de si mesmo e do mundo. É como se o journaling visual nos ajudasse a ver o todo, não apenas as partes.
Em resumo, o journaling visual é um convite gentil ao autoconhecimento, feito com leveza e profundidade. Uma prática que acolhe tanto os dias nublados quanto os ensolarados, e transforma cada página em um reflexo da alma em movimento.
Como Começar um Journaling Visual
Dar o primeiro passo em direção ao journaling visual pode parecer desafiador, especialmente se você acredita que “não sabe desenhar” ou “não é criativo”. Mas a verdade é que essa prática não exige habilidades artísticas — apenas curiosidade, vontade de se expressar e liberdade para experimentar. Começar é mais simples (e prazeroso) do que parece.
Escolha do caderno ideal
O primeiro passo é encontrar um caderno que desperte o seu interesse e acolha sua criatividade. Leve em consideração:
- Textura das páginas: prefira papéis mais espessos, especialmente se for usar aquarela ou tinta.
- Gramatura: idealmente acima de 120g/m², para que a tinta ou a cola não transpareçam.
- Tamanho: escolha o que melhor combina com sua rotina. Um A5 (meio ofício) é prático e portátil, enquanto um A4 permite mais espaço para criação.
Materiais recomendados para começar
Você não precisa de um kit profissional para começar. Com poucos materiais, já é possível criar páginas significativas. Aqui estão algumas sugestões:
- Canetas e marcadores coloridos
- Lápis de cor ou giz pastel
- Tinta aquarela ou guache (opcional)
- Cola bastão e tesoura
- Revistas velhas para recortes
- Adesivos, carimbos, papéis decorativos
- Elementos naturais (folhas secas, flores prensadas)
Lembre-se: você pode ir explorando novos materiais aos poucos, de forma orgânica.
Dicas para superar o medo da “folha em branco”
O maior bloqueio de quem está começando é o perfeccionismo. A boa notícia é que o journaling visual não exige perfeição — só presença e verdade. Aqui vão algumas dicas para vencer a inércia inicial:
- Comece com uma colagem intuitiva, sem se preocupar com sentido. Recorte imagens que chamem sua atenção e cole-as livremente.
- Escreva uma palavra do dia e desenhe algo ao redor dela.
- Crie um fundo colorido com tinta ou lápis de cor e escreva por cima.
- Use um template ou prompt criativo (como “hoje me sinto como…”).
Lembre-se: ninguém vai ver suas páginas além de você — elas são seu espaço sagrado de expressão.
Ao dar esse primeiro passo, você descobre que o journaling visual é menos sobre fazer arte “bonita” e mais sobre fazer sentido para você. E, com o tempo, esse espaço se transforma em um verdadeiro espelho do seu mundo interior.
Ideias de Páginas para Explorar no Seu Diário Visual
Uma das maiores delícias do journaling visual é a liberdade criativa que ele oferece. Não existem regras fixas — cada página pode ser uma nova experiência, um retrato do momento ou uma conversa com o seu interior. Se você está buscando inspiração para começar (ou variar), aqui vão algumas ideias que podem trazer mais sentido e profundidade à sua prática:
“Meu dia em imagens”
Escolha um momento do seu dia e represente-o por meio de uma ilustração simples, um doodle ou uma colagem intuitiva. Pode ser o céu que você viu pela manhã, o café da tarde, ou um gesto gentil que recebeu. Essa prática ajuda a registrar o presente com mais atenção e afeto, além de ser um convite à gratidão cotidiana.
Mapa da mente
Espalhe palavras soltas pelo papel — sentimentos, pensamentos, desejos — e ligue-as com setas, cores ou desenhos. Não se preocupe com lógica ou organização. Esse tipo de página é excelente para clarear ideias, perceber conexões internas e dar voz ao fluxo mental espontâneo, sem julgamento.
Roda das emoções
Desenhe um círculo dividido em partes e, em cada uma, represente uma emoção que você sentiu ao longo do dia ou da semana. Use cores, formas, ícones ou pequenos desenhos. Essa visualização favorece o autoconhecimento emocional, ajudando a perceber padrões e acolher sentimentos com mais empatia.
Cartas para si mesma(o)
Escreva uma carta com uma mensagem que você gostaria de ouvir — pode ser de acolhimento, perdão, incentivo ou gratidão. Decore a página com elementos que representem esses sentimentos: folhas secas, recortes, símbolos ou desenhos. Essa prática é curativa e fortalecedora, especialmente em momentos de dúvida, tristeza ou transição.
Essas ideias são apenas pontos de partida. O mais importante é que cada página do seu diário visual seja um reflexo sincero do que você sente e precisa naquele momento. Deixe sua intuição guiar o processo — mesmo uma simples linha colorida pode dizer muito quando nasce da sua verdade.
Técnicas Criativas para Usar no Processo
O journaling visual é uma prática viva, que se transforma conforme suas emoções, interesses e fases da vida. Explorar diferentes técnicas pode ampliar sua conexão com o processo criativo e tornar cada página única. A seguir, você encontrará algumas abordagens que combinam expressão artística com profundidade emocional:
Collage Journaling: colagens intuitivas com mensagens ocultas
A colagem é uma das formas mais libertadoras de criar. Sem precisar desenhar, você pode compor paisagens internas com imagens recortadas de revistas, papéis coloridos, tecidos ou fotografias antigas. Deixe que sua intuição escolha os elementos, sem buscar um sentido imediato. Muitas vezes, essas colagens revelam mensagens ocultas, desejos inconscientes ou temas que estão pedindo sua atenção.
Doodles e mandalas como prática meditativa
Rabiscos livres e mandalas são excelentes para acalmar a mente e entrar em um estado de presença. Os doodles — desenhos simples, espontâneos e repetitivos — permitem que a mão se movimente sem planejamento, enquanto as mandalas convidam à contemplação. Ambas as técnicas favorecem o equilíbrio emocional, o foco e o relaxamento. Perfeitas para dias em que as palavras não fluem, mas o corpo pede movimento suave.
Tipografia criativa: destaque para palavras-chave com cores e formas
Dar vida às palavras é uma forma de valorizar suas intenções. Experimente brincar com tamanhos de letras, estilos, contornos, sombras e cores para destacar termos importantes como “paz”, “cura”, “aceitação” ou “transformação”. Essa técnica ajuda a gravar essas palavras em sua mente e corpo, tornando-as âncoras visuais para momentos desafiadores.
Uso de fotos, carimbos e elementos naturais
Incorpore à sua página fotos impressas, pequenos carimbos com símbolos significativos ou até elementos da natureza, como folhas, pétalas secas ou gravetos. Esses materiais trazem textura, memória e presença física, conectando você ao momento vivido ou ao ambiente ao seu redor. São perfeitos para criar diários de viagens, ciclos lunares ou fases emocionais específicas.
Essas técnicas não exigem domínio artístico, apenas abertura para explorar. O importante não é o “resultado bonito”, mas a experiência vivida ao criar. Permita-se testar, errar, colar torto, borrar — e, principalmente, sentir cada etapa como parte do seu processo de autodescoberta.
Como Criar uma Rotina de Journaling Visual
Mais do que uma atividade criativa, o journaling visual pode se transformar em um verdadeiro ritual de autocuidado — uma pausa sagrada no cotidiano para ouvir sua voz interior, acolher sentimentos e reconectar-se consigo mesma(o). Criar uma rotina em torno dessa prática é o que permite colher seus benefícios de forma contínua e profunda.
Sugestões de frequência
Não existe uma regra fixa: a melhor frequência é aquela que se encaixa de forma leve e natural na sua vida. Aqui vão algumas possibilidades:
Diária: ideal para quem busca desenvolver presença, registrar emoções cotidianas e fortalecer a conexão consigo.
Semanal: uma ótima forma de revisar a semana com consciência, identificar padrões e se preparar emocionalmente para os próximos dias.
Ciclo lunar: alinhar a prática com as fases da lua (nova, crescente, cheia e minguante) pode trazer mais significado e conexão com os ritmos naturais, funcionando como um mapa emocional ao longo do mês.
Ritual de abertura
Transformar o momento do journaling em um ritual ajuda a desacelerar e entrar em um estado de presença. Crie um ambiente acolhedor e sensorial:
- Coloque uma música suave de fundo ou sons da natureza.
- Prepare um chá quente, um óleo essencial ou acenda uma vela.
- Faça algumas respirações conscientes, com os olhos fechados, para se desconectar do mundo externo e se voltar para dentro.
- Tenha seus materiais à mão e permita-se começar sem expectativas.
- Journaling como check-in emocional
Uma das formas mais valiosas de usar o journaling visual é como um “check-in” interno. Em vez de apenas registrar fatos, pergunte-se:
- Como estou me sentindo agora?
- O que meu corpo está me dizendo?
- Que imagens, cores ou palavras representam meu estado emocional hoje?
A partir dessas perguntas, você pode desenhar, colar, escrever ou simplesmente deixar a página fluir. Com o tempo, esse hábito se torna uma ferramenta poderosa de regulação emocional e autocompreensão.
Criar uma rotina de journaling visual não é sobre ter disciplina rígida, mas sim cultivar um espaço de escuta e expressão que te acompanhe com gentileza. Mesmo que seja por 10 minutos por semana, o que importa é a constância afetiva com você mesma(o).
Dicas para se Conectar com o Processo (e Não com o Resultado)
Um dos maiores presentes do journaling visual é a liberdade de criar sem metas, regras ou expectativas. Mas, especialmente no início, é comum cair na armadilha do julgamento: “não ficou bonito”, “não sei desenhar”, “não está bom o suficiente”. Para que a prática seja realmente transformadora, é essencial lembrar que o foco não é o resultado final — e sim o processo vivido enquanto se cria.
Permita-se errar e experimentar
Não existe certo ou errado no journaling visual. Uma página pode começar com um traço sem sentido e se transformar em algo surpreendente. Outras vezes, o que parecia promissor não agrada aos olhos, mas ainda assim cumpre seu papel emocional. Errar faz parte da descoberta. Teste materiais, sobreponha camadas, mude de ideia no meio do caminho. Cada tentativa é uma conversa com você mesma(o).
Valorize o processo como ferramenta de escuta interior
Ao colocar no papel emoções, símbolos ou palavras, você está praticando um tipo de escuta rara: aquela voltada para dentro. O journaling visual não é sobre performance — é sobre presença. Pergunte-se: como me sinto ao criar isso? ou o que estou revelando para mim nesta página?. Mesmo que nada “faça sentido”, o ato de criar já é, por si só, um gesto de acolhimento e conexão.
Evite julgamentos estéticos: o foco está na expressão, não na beleza final
Nem toda página será visualmente bonita — e tudo bem. Algumas serão caóticas, outras monocromáticas, outras vazias. Isso reflete o momento em que você está. Não se compare a artistas de redes sociais ou a estéticas idealizadas. Lembre-se: este é o SEU espaço, com suas cores, formas, palavras e sentimentos. A beleza mais verdadeira está na honestidade com que você se expressa.
O journaling visual é uma prática de liberdade. Ele te ensina que não é preciso ser perfeito para ser profundo, nem bonito para ser verdadeiro. Cada página é um gesto de cuidado consigo. E isso, por si só, já é arte em sua forma mais autêntica.
Inspirações e Referências
Buscar inspiração é uma maneira poderosa de manter sua prática de journaling visual viva, fluida e cheia de possibilidades. Observar o trabalho de outras pessoas — sem comparações, apenas com admiração — pode abrir novas janelas criativas, estimular técnicas diferentes e renovar sua motivação.
Artistas e criadores que usam journaling visual
Diversos artistas e terapeutas criativos compartilham suas jornadas em cadernos visuais. Alguns nomes que podem inspirar:
Rae Missigman – conhecida por seus diários vibrantes com camadas de cores, colagens e escrita espontânea.
Tracy Verdugo – artista intuitiva que mistura journaling visual com práticas de reconexão emocional e espiritual.
Orly Avineri – seus art journals são profundos, intensos e muitas vezes introspectivos, com forte apelo simbólico.
Sabrina Ward Harrison – autora de livros-diários como “Spilling Open”, que combinam escrita emocional e colagens impactantes.
Livros e perfis de redes sociais para acompanhar
Se você gosta de aprender por meio de imagens, tutoriais ou leitura inspiradora, aqui estão algumas sugestões:
- “The Art Journal Workshop” – Traci Bunkers
- “Journal Spilling” – Diana Trout
- “How to Be an Explorer of the World” – Keri Smith (para estimular a observação e expressão visual)
Instagram:
- @getmessyartjournal
- @mindfulartstudio (Amy Maricle)
- @aisforanika (art journal lúdico e poético)
- @artjournalist
Esses perfis trazem ideias, desafios, vídeos curtos e técnicas passo a passo que ajudam a manter sua prática em movimento.
Hashtags e desafios criativos para participar
Interagir com comunidades criativas pode ser um grande estímulo. Algumas hashtags populares para explorar e compartilhar suas páginas são:
- #artjournal
- #visualjournaling
- #creativejournaling
- #junkjournalcommunity
- #journalwithme
- #mixedmediajournal
Você também pode participar de desafios temáticos como:
- #30daysofjournaling – desafio de 30 dias com prompts diários;
- #junkjournaljuly – mês inteiro de criação com materiais reciclados;
- #getmessyartjournal – comunidade criativa com temas semanais.
Essas fontes não servem para você seguir fórmulas prontas, mas para acender sua centelha criativa e lembrar que você não está só nesse processo. O journaling visual é uma prática pessoal, mas compartilhar e se inspirar torna a jornada ainda mais rica.
Conclusão
O journaling visual é muito mais do que uma atividade criativa — é uma ponte entre você e sua essência. Ao unir palavras e imagens, essa prática se transforma em uma ferramenta poderosa de autoconhecimento, expressão emocional e equilíbrio interior. Cada página
criada é um reflexo único do que você sente, pensa e vive, permitindo acessar emoções profundas, compreender padrões, fortalecer sua voz e integrar razão e intuição.
Não importa se você tem ou não habilidades artísticas. O que importa é a intenção de se escutar com presença e ternura. Em um mundo que nos exige produtividade e respostas rápidas, dedicar um tempo ao journaling visual é um ato de coragem e autocuidado.
Se existe algo que essa prática nos ensina é que seu caderno pode ser um espelho gentil da sua alma — um espaço onde não há certo nem errado, só o seu ritmo, sua verdade e sua expressão mais autêntica.
Que tal começar ainda hoje? Pegue um caderno, reúna alguns materiais simples e permita-se criar sua primeira página. Pode ser um rabisco, uma colagem, uma palavra solta. O importante é dar o primeiro passo. O resto virá com o tempo, com a prática e, principalmente, com o coração aberto.